Privação hídrica está associada ao aumento da dor cefálica em ratos

Water deprivation is associated  with increase of pain in the head in rats

André Martins Galvão1*, Adriana Cruz2, Carmem Chaves3, Marcelo Moraes Valença4

RESUMO

Fundamentação: As alterações  na  osmolalidade, volume e pressão  do  líquido extracelular ou perivascular detectados  pelos osmorreceptores  e mecanorreceptores que circundam os vasos sanguíneos,  constituem um importante  estímulo para  desencadear respostas  neuroendócrinas  e comportamentais  em  relação  à  dor. Objetivos:  O  objetivo deste  trabalho  foi avaliar  a  resposta  dolorosa  e  o  período  de  latência  da  dor em animais submetidos à privação  hídrica por 24  horas.  Método:  Os  animais foram divididos em dois grupos: Gnh  (normohidratado,  n=12) e Gd (desidratado por  24  horas,  n=12) e  após  estímulo doloroso  foram avaliadas  as alterações  comportamentais e bioquímicas  plasmática. Resultados: A privação  hídrica induziu um aumento  acentuado no número de vezes que o animal coça a cabeça  (CC/min, 27.43 ± 2.19  vs 73.02

± 8.73,  n=12, p<0.05) e reduziu o período  de latência  da  dor (Tempo  de latência  (s) =  3.65  ± 0.12  vs

1.32  ± 0.1,  p<0.05). O coeficiente de correlação  entre a resposta comportamental  da do dor e as [Na+] e [K+] foram Rpearson = 0,3  e Rpearson = 0,4. Conclusão: Os resultados evidenciam que a privação hídrica por  24  horas  aumentou  a  resposta  comportamental   à  dor  e diminuiu  a  resposta analgésica   endógena. Porém,  mais estudos  randomizados  e controlados  são  necessários  para  estabelecer  a  correlação entre  as alterações  da osmolalidade  plasmática  e a dor cefálica.