Categoria: Volume 77 - Julho/Dezembro de 2014
Páginas: 4
Preço: Faça o cadastro para download
ISSN: 1807-9865
Biblioteca: Neurobiologia
Ano: 2014
Link: Link
Acessos: 2635
  / 0
PobreMelhor 

Comentário

Escrito por Editor

 

ANEURISMAS DO SIFÃO CAROTÍDEO:

UMA DOENÇA SILENCIOSA E DESAFIANTE

 

 

Patricia Bozzetto Ambrosi1,2, Marcelo Moraes Valença2,3

 

Em 1927, historicamente surgia a Neurorradiologia  Intervencionista, com a realização das primeiras radiografias  contrastadas  (atualmente mais conhecida como angiografia  ou arteriografia  cerebral)  pelo neurologista português Egaz Moniz (1874-1955)1, com o intuito de diagnosticar  tumores cerebrais.  Cinco anos mais tarde, Egaz Moniz descreve o “sifão carotídeo”, uma característica radiológica de um segmento da artéria carótida interna, por apresentar uma série de voltas e curvas, tornando-se assim um marco anatômico.1,2

A técnica desenvolvida por Egaz Moniz apenas veio a torna-se um método importante para detecção de anomalias vasculares entre os anos 1950 e 1960. Mas, a arteriografia cerebral, ainda hoje é considerada padrão-ouro no diagnóstico de aneurismas intracranianos e de malformações arteriovenosas.3

Na década de 70, o neurorradiologista  James Ambrose e o engenheiro Godfrey  Hounsfield desenvolveram a primeira imagem axial diagnóstica do cérebro em Londres; e a partir daí surgia a tomografia computadorizada que não parou de evoluir com aparelhos cada vez mais refinados e mais rápidos.4 Na mesma época, o neurocirurgião russo Fedor Serbinenko introduzia o balão  intra-arterial para  o tratamento das fístulas carótido- cavernosas traumáticas e para os aneurismas inoperáveis da carótida cavernosa.5 Os trabalhos de Serbinenko inspiraram vários centros no mundo inteiro, porém principalmente na França, o que levou ao desenvolvimento em poucos anos da especialidade de Neurointervenção Endovascular. 6

Após esse período, as técnicas de diagnóstico, e principalmente de tratamento dos aneurismas cerebrais começaram a se aprimorar cada vez mais. Novos aparelhos e materiais foram se desenvolvendo, o que tem culminado como um elevado  nível tecnológico  e com vários estudos multicêntricos mostrando a eficácia do método endovascular.7 Além disso, existe a possibilidade de se identificar eficazmente os aneurismas através da simples realização de angioressonância  (que identifica aneurismas pequenos entre 3 mm a 5 mm de tamanho) com até 95% de sensibilidade  ou acurácia  quando realizados  sequências  especiais  como volume-rendering e 3D-time-of-flight, ou de angiotomografia que tem boa sensibilidade para aneurismas maiores de 3 mm.8,9

 

Data de inserção:

Links

         

 

 

Publicações recentes

Vivências no estágio em psiquiatria: relato de e...

Vivências no estágio em psiquiatria: relato de e...

by Selene Cordeiro Vasconcelos, Iracema da Silva Frazão, Luciana de Souza Ventura, Murilo Costa Lima, Aislana Lourenço dos Santos, Vânia Ramos, Adrielle Rodrigues dos Santos

Relato de caso: aspectos clínicos da miosite vira...

Relato de caso: aspectos clínicos da miosite vira...

by Marcelo Medeiros Felippe, Fernando Medeiros Felippe, Ananda Caroline Lopes Soares, Fábio Lopes Telles

Visitas

2522671
Hoje
Nesta semana
Este mês
Todos os dias
3051
6290
52550
2522671

Seu IP: 18.191.87.157
Back to Top