Editorial

OTHON BASTOS, UM EMÉRITO PROFESSOR

João Alberto Carvalho*

“...Segundo  o caráter, as pessoas  são tais ou tais, mas é segundo as ações que são felizes ou o contrário. Portanto as personagens  não agem  para  imi-

tar os caracteres,  mas adquirem os caracteres  graças  às ações.  Assim, as ações e a fábula constituem a finalidade da tragédia, e, em tudo, a finalidade é o que o que mais importa...” (Aristóteles, Arte Poética, p 25)

Cada homem tem uma história. Cada homem é uma história. A vida profissional de alguns corresponde  a um aspecto  ascendente e coerente dessa linha histórica. A formação de um homem pode  ser compreendida como sua ocupação de um lugar no mundo. A história que aqui refiro, no final das contas diz respeito às experiências das  pessoas,  ao  que fizeram de suas vidas, ao  que nelas está em jogo e às finalidades que nortearam suas trajetórias.

Trato aqui da concessão  do título de Professor Emérito da Universidade Federal de Pernambuco a Othon Coelho Bastos Filho. A UFPE concede, por meio do seu Conselho Universitário, um título honorífico a alguns docentes que tenham pelo menos 25  anos de atuação direta na universidade e que se haja  “distinguido no ensino ou na pesquisa” e contribuído “de modo notável” para  o progresso da UFPE. A proposição  da outorga feita pelo Conselho  Departamental  deve  ser instruída pelo  curriculum vitae do  proposto  com “exposição  justificada e detalhada”. Tudo isso apontando para  a “maneira como exerceu o seu ministério acadêmico como docente, pesquisador  e/ou administrador”.